Falavam
por horas e horas sobre carências e asas, perdas e falhas. Falavam de tudo; eram duas
páginas do mesmo livro – quando o mundo fechava o livro para descansar os
olhos, eles, as páginas, ficavam sempre juntos, peito com peito, abraçados. Ela era a catorze, que começava com uma frase simples sobre o quanto as ervilhas
demoraram a crescer naquele ano, e ele a quinze, que era um monólogo pequeno sobre
as ervilhas e o mau tempo que as tinha atrasado.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.