Naquela rua erma, de direcção vaga, havia uma casa em adobe, com um jardim cinzelado
pela mão divina de alguém que passa o tempo entre ilusões, sorrisos e
coisas doces.
Dentro da casa, os tapetes rasgados provavam isso mesmo. A sua ilusória
existência. Os jogos de porcelana, cuidadosamente pintada à mão, que jaziam,
quebrados, no chão, gritavam que ali o terror era enorme.
E eram tantas as palavras que ficavam por dizer, à porta daquela casa, quando
as macieiras estavam em flor, que nem ele se arriscava a mostrar mais do que o
jardim.
E viva na sublime mentira de sobreviver.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.