Hoje choveu cá dentro. Temi que fosse trovejar, mas ficaste-te por aí. Sopraste-me, no teu tão próprio acto de ser e permaneceste aí: intocável. Li o teu olhar; sabia que procuravas no meu corpo a resposta à tua indiferença fingida.
Pois, bem... Seca-te à luz até que se expire, nas areias do tempo, o tempo que precisei para deixar de precisar dessa seiva venenosa.
2 comentários:
Intenso, gostei!
Hoje também choveu dentro de mim. Talvez tenha sido ontem.
Senti que a trovoada me mudou... Sinto cada uma das tuas palavras, como se te conhecesse e te soubesse as passadas infelizes e partilhasse contigo um mundo de possibilidades e flores arremessadas.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.