II. Sofá



Por vezes, sinto a alma a pesar e a precisar, sobretudo, de chá e sossego. Como que para aclarar as ideias e reavaliar os passos a dar. Nunca os que já foram dados. A ideia é nunca olhar para trás. A ideia é esquecer as portas que se fecham a cada segundo que passa e medir as pontes que se lançam aos nossos pés.
A inspiração feita no passado, não nos livrará de morrermos asfixiados no futuro. Então é preciso continuar a respirar e resistir neste mundo.
Por vezes, quando sinto a alma cansada, sento-me no sofá para descansar os pés e recuperar o fôlego. E é assim que (sobre)vivo. 

5 comentários:

Anónimo disse...

Já tinha saudades de te ler! Sabes, faço o mesmo que tu...

Lúcia disse...

as tuas palavras é que são sempre mais do que palavras!

Maria Inês disse...

Tão bonito! Sobreviver às vezes é o que vem antes de viver. Agora estamos mais em baixo, tentamos ir buscar forças a todo o lado, mas um dia voltaremos a viver e a viver bem. Porque a vida é um ciclo e, no fim, tudo ficará bem. :)

Anónimo disse...

Está mesmo bonito! Gostei! :)
r: ahahah asério?! ahahah Obrigado por leres a minha parvoíces!! :D

Raquel Pires disse...

Ainda bem que descobriste o meu blog para eu poder descobrir o teu. Este post é delicioso e em geral todo o blog é um bom sítio para estar. Vou cá voltar mais vezes, com certeza... Muito obrigado por teres passado no Ilusórias Certezas!

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.