Posso ficar aqui? Eu durmo no chão.


Permite-me apenas que viva do teu amanhecer, ao teu pôr-do-sol.
Deixa-me curar cada ferida tua, deixa-me regar as plantas e cuidar do peixinho no aquário.
Sabias que só retém as memórias por três segundos? Por isso, de três em três compassos, descobrirá que te amo.
O coraçãozinho do pobre bicho não entenderá o que isso é. O meu também ainda não decifrou bem em que aurícula te guarda, mas que cá estás, estás.
E enquanto te guardo no peito, pinto as paredes. O mesmo azul dos teus olhos, o mesmo ouro virgem dos teus cabelos. Uma cor nova, por inventar. E vê as cores que tenho na paleta! São tantas, meu querido, e são todas tuas.

1 comentário:

Jéssica Cardoso disse...

é tão amor quando o chão frio se torna um sofá de flores cheirosas e macias ao tato. é tão amor o que dizes e traz tantas lágrimas às vezes...

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.