Escrevo, essencialmente, para não falar sozinha.
Para que a minha voz não se limite a ser um baque seco no escuro.
Para que as minhas palavras transbordem e não me afogue nelas.
Porque o tempo é um rio e nas suas pedras branqueadas repousam os meus pensamentos metálicos, agressivos, ácidos, esperando que a corrente os lave… Para longe…
Que os leve, aos sentimentos vagantes que me correm nas veias, aos desejos, à música…
Que a leve: à tentativa frustrada de amor; este amor, total, trágico e terno.
Este amor que mantenho dentro das chávenas de tília, nas longas conversas vigilantes; este que toca na tua pele e, secretamente, beija a tua face jovem, tão velha e contorcida. Escrevo para que me leias. É para ti que escrevo.

3 comentários:

Jéssica Cardoso disse...

escreves com amor e com dor. escreves como eu gosto que se escreva. escreves o que gosto de ler. e de sofrer.

Ki disse...

r: a sério? também gostas de xutos? xb sim, se precisar sei onde estarás *.*

Anónimo disse...

Escreves incrivelmente bem

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.