Sussurram as ondas o teu nome


Tenho um coração no fundo do rio.
Tenho beijos perdidos nas correntes de ouro.
Onde ancoraste tu, viajante de corações?

Cai a noite, ao som de violoncelos cerrados; um murmúrio incessante, uma frequência quase imperceptível.
Esfrego os olhos. Tenho as mãos lavadas em sangue. O povo disse que era necessário um sacrifício e que tudo ficaria bem. Mas continuo sem enxergar o mundo. Tenho lágrimas de prata e os olhos cobertos de ferrugem. As minhas mãos doem e os violoncelos não cessam.
Oiço o ribombar duma tempestade, ao longe. É tudo tão orquestral: os tambores empíreos, a ira divina, a chuva em pizzicato, numa sequência rápida e feroz!
Encolho-me em posição fetal. E embalada pelo pulsar gritante que sinto nas têmporas, tento adormecer. O sangue mistura-se com a chuva no chão: a terra pura é maculada pela minha dor, os meus pecados e a fé morta.
Resta-me esperar pelo amanhecer, pelos alvos pianos do renascimento, as flautas, os oboés da minha primavera.

O prometido é devido | Notebook

Um bocadinho atrasado, mas aqui está o post sobre a aventura deste pequeno caderninho!
A Bé, do blog Diário de Bordo, propôs um desafio fantástico aos seus leitores (na verdade, a todos os que quiserem participar).
Basicamente, consiste em fazer circular um caderninho por todos os bloggers, onde cada um deixa um pouquinho de si... Fiquem a saber mais sobre esta viagem aqui. Ah! E participem, claro!!
O Notebook já passou aqui pelo Porto e, sem querer ser spoiler, aqui ficam umas fotos da passagem dele pela minha casa:


(uma unha muito, muito mal pintada)

(uma letra muito, muito estranha [em minha defesa: estava sem óculos])


P.S.: Participem!

A momentary lapse of reason


We stare at the river, high as eagles. Our spirits fuse and we both feel like wild birds, living in a world of our own, creating the everyday. We could create the tomorrow.
Lovers live like magicians. We’re attainable, my love, don’t you see?
Here, in the forest! Living like snails, like foxes, like eagles!

Sereia Louca


Eu tenho um búzio que me diz coisas estranhas ao ouvido...
...
Eu tenho um coração de esponja que cresce com a tristeza...
...
Pior do que o meu canto há-de ser o meu silêncio...

Sereia Louca, by Capicua

Rua da Saudade


14:14

Estou no apogeu da minha esclerótica insanidade geográfica.
Porque o branco é a cor da paranoia, certo?
E na edacidade dos dias, sonhos cadavéricos repousam no caderno preto, nas folhas adormecidas, nas palavras silenciosas… letras nos teus cabelos negros, na tua barba por fazer. Sonhos de noites em que adormeceste dentro de mim. Sonhos de noites em que a tua mão repousava sobre o meu seio.
Mal saberás tu que é amor que me move. Que o meu olhar nasceu raízes na tua alma despida… no teu corpo nu… oh! E como o anseio!
E o que é feito de nós? E o que é feito do som do trompete nas manhãs de nevoeiro pelas ruas retorcidas de uma cidade medieval?

«O meu blog é neutro em CO2»


Vi no blog Big Deal da Audrey Deal uma publicação que logo captou a minha atenção.
Fiquei a saber que ''um internauta produz, em média, cerca de 0,02 gramas de CO2 por exibição de página. Considerando que um blog geralmente recebe em torno de 15 000 visitas por mês, isso resulta em 3,6 kg de CO2 emitidos por ano''.
Sendo assim,  o rainy night irá aderir à campanha Gesto Verde, para que este seja tornado um blog neutro em CO2.

É muito fácil participar nesta campanha mundial. Basta escrever uma pequena publicação sobre este tema no blog e, de seguida enviar um e-mail, para que possam plantar uma árvore pelo vosso blog. É simples, inovador e uma forma diferente de ajudar o planeta.

Vá, façam os cliques mágicos e participem!
...
mam nadzieję, że tak