Existem
luas em mim. Várias. Eu vivo num luar circulante que engloba toda a
electricidade do meu corpo. Que percorre o palato seco, os lábios, fazendo-os
tremer; eleva-me o peito em palpitações; faz-me das mãos balões de hidrogénio.
Fumo
um cigarro.
Fumo
outro cigarro.
Sem
sinais de Índigo, só sinais de fumo, teço teias comigo mesma. Vivo a histeroneurastenia
emprestada ao seu limite máximo.
Ora
acre, ora doce, sou eu, a dona dos meus dias. Nas mentiras que conto ao vento,
à figueira de Agosto, nas quedas que dou.
Mas,
tal como o sonho, eu sou um bichinho
álacre e sedento, em busca da minha Pedra Filosofal, num constante
afocinhar por razões para manter a razão ocupada durante a Roleta
Russa.
A
vodka está a escassear e o meu coração tem azar ao jogo.
1 comentário:
a pedra filosofal faz-me mais sentido nas tuas palavras estranhas e entranhantes do que no poema que tão bem sabes. a par disso, posso ser quase como tu.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.