Eu sei, de
cada vez que o ar muda que não estou sozinha. A mediunidade emprestada revela-se
tão assustadora quanto ineficaz. Excepto quando o ar muda por ti, minha doce
borboleta.
O meu
simples canteiro, quase seco, quase quê, é o teu Éden e, ainda que só na pele e
nos ouvidos, eu vejo-te, como se duma bolha protectora te tratasses.
Lavanda, alfazema. Salsa, sálvia, rosmaninho e tomilho.
És dotada
de sabedoria, ainda que tão pequena, minha doce borboleta. Transmites-me uma
sensação vivamente paralela à nossa teia, tão rica que és, dentro do espelho,
no jardim do fontanário, a dez degraus daqui.
Vou supor
que estejas no País das Maravilhas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.