IX. Elástico

Ergue a coroa de hidrângeas, assemelhando-se a uma rainha esquecida, louca, no Templo espiritual que criou, numa floresta inventada, onde só se conhece como deusa e como aia de si mesma.
E, no dom doentio que carrega ao peito, é um bicho resiliente, metamorfoseado.
Ágil, como um lince, forte como um coice, a sua vontade de utopias persiste, atacando, volúvel e incessantemente, como um elástico mirado aos seus olhos.

2 comentários:

carlos disse...

referência de ouro no primeiro verso... como consegues? que estarias tu a ouvir na tua mente aquando da escrita da última palavra?? vá, não negues... eu sei quem te inspira.............

Lúcia disse...

não devemos ter ido ao mesmo concerto, pelo que vi no teu blog és do Porto, por isso deves ter ido ao do Norte Shopping, não?
e ainda bem que sabes, aquilo também se dá no 9º ano acho eu xD

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.