Na roda gigante da letargia, mantenho-me suspensa, no ar, de cabelos
ao vento e cigarro na mão. O vento bate a porta e sai: leva nos bolsos as
cinzas incandescentes e, na mala, as rememorações dos olhos mais negros que as
estrelas sonharam.
O torpor da noite consome-me os sentidos e os meus pés flutuam em direcção
à lua, onde fica o fim do mundo.
Volto a olhar a terra batida do chão. O anel afasta-se novamente do
solo e sei que estou mais próxima de ti. Presa nesta roda, sem nunca te tocar.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.