Abro o armário e o teu cheiro ainda reside na madeira de pinho. Os
teus poemas, colados ao espelho da porta, ainda me envolvem, como
prolongamentos dos teus dedos, selando o espaço que me cerca. Os lençóis
sujos ainda jazem no chão. Todas as tuas memórias, esqueletos de ti, me
protegem de voltar ao mundo que me foi tirado na tua hora.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.