Uma
das palavras mais belas que guardo no caderno preto: traço.
Das
mais florais, ainda que cheias de traços hidropónicos. Das mais musicais, ainda
que dissonantes e cheias de contratempos.
Envolvo
as letras cuidadosamente para não te ferir a pele, como se o teu corpo fosse um
mapa para a terra onde o amor não apodrece e o céu não amanhece. Um mapa
ancestral cheio de marcas de estrelas que me guiam pelos caminhos letárgicos
pós-orgasmo.
Nos
traços do teu corpo, entranço o meu, atraída para o núcleo da rosa que manténs
dentro de ti, em contagem decrescente para o final do sonho e início da vida
abstracta. A verdadeira vida. No meu caderno preto, perdido entre traços
convexos.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.