Quero que cases comigo. Que cases com o meu riso sonolento, com os meus complexos e os gostos exóticos. Que te sintas bem num ninho de andorinhas; que ames a Primavera e o sol de Março e os jardins teus, de amores-perfeitos. Quero que cases comigo. Na pele. Que consumas todo o meu corpo, como em tantas luas o fazes, e que me amarres, sem que queira fugir.
Por isso, quero que tenhas tudo o que me cai dos bolsos: um brinco, um bombom ou um amor-perfeito – redondinho e aveludado, como o amor-perfeito tem de ser –, todas as arcas de tesouros que guardo no peito e na memória.
Quero-te como quero a própria vida e anseio da tua saliva todo o amor que guardaste para mim, Quero-te nas minhas veias e no meu ventre e nas pontas dos dedos e quero-te assim, sem fim, total, loucamente.
Amo-te mesmo.