ave amore: II

Sento-me à tua frente. Repouso o meu olhar no teu – agora alheio – e levito. No meu sangue voam andorinhas. Chilreiam e dançam nesta alegria primaveril. Percorrem-me a pele áspera, fazendo-me girar sobre toda a tua aura. Oiço-te respirar e rezo para que me oiças viver por ti. Consegues? Não. Não repares em mim. Não me vês. Não me olhas sequer. Mas eu sei-te, sabendo que… oh! Desapareceste!
Terei de acordar agora? Preciso de te ver. Vou abrir os olhos.
Não estás aqui, definitivamente. Não cheira a limão, nem a mel – o teu cheiro. Que eu sempre soube que trarias no corpo; mesmo quando eu velava todo o meu ser, naquelas noites em que derramava suor, lágrimas… sangue. Mesmo nesses luares, eu já te sabia, sabendo que chegarias. 

6 comentários:

Inês disse...

oh fico contente!

Palma Silbird disse...

new blog. acompanha-me aqui fabiopalmac.blogspot.pt fico contente por encontrar este esconderijo vivo.

carlos disse...

estava a ver que a alice tinha morrido, man

Lúcia disse...

as saudades que tinha tuas, Alice

Lúcia disse...

vê se reapareces, então :)

Jessica disse...

Tive muitas, muitas saudades de ler-te.

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.