Olho para ele. Está a dormir. Sobre a testa pálida e perfeita caem alguns caracóis. Está com cabelo de queca. Esqueceu-se de tirar os óculos, que lhe repousam agora sobre a ponta do nariz comprido. Tem a boca ligeiramente aberta, com um respirar ritmado e calmante.
Aproximo-me para lhe tirar os óculos e não resisto ao impulso de lhe tocar na barba por fazer. Imagino-a contra o meu pescoço, sobre o meu peito, no interior das minhas pernas...
Move-se ligeiramente. Reparo que sorri à medida que o meu polegar desliza pela linha do seu maxilar e em direcção aos seus lábios. Sorrio também.
– Gosto de ti assim. Gosto de ti quando estás com a guarda baixa e és meu e inofensivo... Shhh... Volta a dormir...
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.