O cheiro acre a pólvora permanece no ar e há uma débil nuvem de fumo junto à imponente poltrona de madeira de carvalho talhada, com doces cornucópias e ornamentos onde repousa o pó, estofada a veludo verde.
A doce neve que cai lá fora em segredo, como que beijando o solo, não sabe que junto à lareira jaz o meu corpo no chão, tão gélido quanto a sua essência, ainda com os dedos da mão mármorea sobre o gatilho de metal.
Suporta a dor deles. Suporta a minha. Mataste-me.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.