Não te construí nenhum refúgio.
Não há nenhuma ária que nos encha os peitos de contentamento. Antes pelo
contrário; a parada marchante que nos sentenceia aos últimos segundos de vida avança.
Não há dó, nem piedade.
Dói a cada passo dado; dói a cada pedra que não foi erguida para o lar
que te prometi. Não teremos um salgueiro centenário junto ao poço… não teremos
roseiras de Santa Teresinha nos muros… nem cerejeiras em flor. Perdoa-me, meu
amor.
Esta vida já não nos serve de nada. Arrisquemos a próxima?
4 comentários:
Lindo, gostei imenso querida!
Em minha casa há uma roseira de santa teresinha mas não preenche muros, e talvez as àrvores centenárias sejam só o paradoxo dos teus amores-perfeitos definhados mas renascentistas.
o sentimento é mútuo, é sempre bom passar por aqui! e arrisca em todas as vidas, todas vão valer a pena.
quanto ao ódio que sinto, sinto-o porque para grandes amores, grandes sentimentos. e a escrita é um grande amor. e é uma grande dependência também. quando tenho momentos em que não consigo escrever que se prolongam mais do que deviam...começo a odiar aquilo que sou no momento, não o que sou no geral...
eu adoro :D
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.