Þú ert á lofti, eru refur, eru sjómaður


Alguém me disse, na nossa praia, que não se ama uma pedra.
Não se prende a areia porque o mar a leva.
Vai e volta.
E ribomba outra vez, para levá-la de novo.
Shuááá…
phiii…
Shuááá…
phiii…
E o mar é um bicho difícil de ser amado.
Mesmo quando está sereno e tão imenso quanto o azul assustado dos teus olhos imprudentes. Mesmo nesses dias, ele teima em não aceitar os meus cabelos aclarados. Cospe-me! Despreza-me!
Quero esperar que te afogues para voltar a encontrar o teu olhar de maresia, os teus cabelos de algas, o vendaval que se sentia, mas que cheirava a sal e saúde.
Serás bom para os meus pulmões.
Serás bom para o meu coração. 

3 comentários:

Leonora disse...

este texto é teu? é lindo!

Kelly Rocha disse...

Escreves de forma tão simples e ao mesmo tempo tão ágil :$$ transmites tanto com poucas palavras, adorei e sigo *.*

disse...

"Quero esperar que te afogues para voltar a encontrar o teu olhar de maresia, os teus cabelos de algas, o vendaval que se sentia" adoro, adoro, adoro! tudo de bom para ti também, que sejas muito feliz e que escrevas sempre como escreveste agora, divinamente:)

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.