Acho que
funcionas mais ou menos com uma consistência negra.
Resistes, roubando-me sempre o último figo seco.
Demoras a anoitecer, não deixas que aconteça e cativas-me num crepúsculo dolente, eternizado.
Não flamejas, mas também já perdeste o azul ciano.
És qualquer coisa entre o cinzento e a nulidade cromática.
Resistes, roubando-me sempre o último figo seco.
Demoras a anoitecer, não deixas que aconteça e cativas-me num crepúsculo dolente, eternizado.
Não flamejas, mas também já perdeste o azul ciano.
És qualquer coisa entre o cinzento e a nulidade cromática.
És como um
mau cigarro:
um é muito e dez não são suficientes – o clímax da dor gritante, da lascívia humana.
um é muito e dez não são suficientes – o clímax da dor gritante, da lascívia humana.
4 comentários:
Gostei!
não te sei dizer de quantas canções de mágoas sou feita . talvez de inúmeras notas desafinadas que alguém ditou .
Adoro figos, mas gosto muito mais deste texto!
Não largues a caneta. Fantástico!
Enviar um comentário
Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.