Desenhando um
eixo de luz, flutuavam sobre bolhas de pensamentos. Fundidos entre sonhos, e
por entre ruas que faziam íntimas – como se faz a uma casa –,
vivam da única forma que sabiam:
contavam mentiras e brindavam aos sorrisos que faziam seus, tão íntimos
– como se faz a um quarto.
Surripiavam
flores dos canteiros anónimos e guardavam-nas num espectro eterno;
guardavam-nas em caixinhas coloridas, cheias de memórias – grãos
de água e gotas de areia.
Tocavam no ar e
nas nuvens... e na relva e na casca áspera das árvores centenárias e selavam o
mundo num olhar rápido e palpável, urgente de toques e anseios; o seu mundo,
que faziam muito seu – como se faz a uma cama.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.