Adeus, adeus, aos convencidos da vida, que suja bandeira hastearam anunciando ao mundo toda a morte a ouros e rubis. Adeus às viagens por folhetos dobrados nos cantos, por vapores metropolitanos e cigarros por acabar. Adeus às cigarrilhas também.
E tão belas são as virgens, empurradas por este vendaval, forçadas a abandonar os recintos por portas e janelas onde descansam sombras…
Não as desperte! São feras de cenho arreganhado, Cérberos e Hidras! São o espectro mal-amado de consortes e divas. Guardam cem sonetos de luas e sóis, de terra e de prantos e de chuva e de alegria! Guardam tudo o que lhe escrevi: a lua poeirenta, a madressilva das melodias fugitivas e o esquecimento de um ouro incandescente no coração.

Os pássaros chegaram mais cedo. Será já Primavera?


5 comentários:

Rosemary D. disse...

R: Não, não são meus :p mas gostava de ler "a culpa é das estrelas". Agora estou a ler um da jojo :p

Jéssica Cardoso disse...

espero que no teu peito não caibam mais senão pássaros. e que a primavera seja tua sempre que a ditares.

flávia disse...

talvez seja primavera no teu coração inebriante .

R disse...

Tu representas as estações... o resto, bom, o resto é estática!

Diana Fonseca disse...

Como escreves bem, meu Deus. E se não chegou, que chegue rápido!

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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.