Trajada de capa branca,
Envolvida numa aura dourada,
Chama-se Bela e
Anda como pairando,
Anunciando ao Homem a madrugada.
De vidro é o vazio
Que lhe ocupa a penosa alma.
Um espírito que flagra num
Corpo dormente de belo.
É-lhe singular a petrificante calma.
De entre a confusão,
Bate com subtileza as asas,
Na esperança de quem procura
Reacender o amor no coração.
E foge do tumulto citadino.
Lá, no meio da floresta mágica,
Lá, onde fora encontrada,
Rodeada das suas ilusões,
Ígneo é o olhar de quem a descobre
E a chama de musa, de fada...
De dona de (perdidos) corações.
Recolhendo-se apavorada
Ouve a brisa atroz,
Com o temor de quem não ama,
Na sua demência a lhe dizer:
– É o poeta, é o poeta,
A permitir o amanhecer.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.