Não sei o que faça deste copo vazio e destas beatas. O tempo passa despercebido, sem me levantar o olhar e sei, cá dentro, dolentemente sei, que continuo a peneirar ar e vento, na vaga esperança de descobrir pedras preciosas presas por entre os dedos enlameados.
Hoje sinto-me assim: desamparada sobre as ondas de um mar revolto e gelado de outono. Sinto o iodo e a nortada que me estala na face. Ah! Como gosto destas noites em que prendo olhares alheios à minha figura alienada de cabelo ao vento.
1 comentário:
Sinto-me assim em todos os dias sem retorno... Sinto-me a tua sombra.
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Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de uma! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um...
L.C.